Words and life

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quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Natal?!?!

tempo bonito este, de paz, amor, amizade... Mas nós queremos enganar quem??? Comecemos pela paz. Será que as pessoas que andam numa correria tremenda pra comprar as prendas ou a comida pra consoada têm paz? E eu? Que estou do lado dos que vendem? Trabalhei até no dia 24 e 26. Tive paz? E ainda tive que comprar as prendas... Stress foi a palavra desta época. E cansaço. Já n conseguia mais repetir a frase: "se dp n gostar nós trocamos", e "bom natal". Disse tantas vezes esta última que acabou por perder todo o sentido.
Passando pó amor. Chegar a casa atrasada pá janta e logo no fim adormecer sentada no sofá pk n aguentava mais d cansaço e só voltar a acordar qd o afilhado começa a gritar k ta na hora das prendas é mostrar amor aos k me rodeiam?! Já agora, gostava que alguém me mostrasse em que tá presente o amor no natal. N é pelas prendas k s vê o amor k as pessoas sentem umas pelas outras! Se assim fosse ninguém da minha familia me amava, visto que as prendas que tive foram 1 vela, 1 sutien e 1 caneca. E escusado será dizer k kem m deu o sutien ja repete o tipo de prenda há 3 anos por isso nem chegou a ser surpresa.
Em relação à amizade... pois isso já tem mais k se lhe diga... Será k amizade é mandar 1 msg a tds os conhecidos chamando-lhes "amigo"? É k eu recebi msg d mts pessoas k nem no meu aniversário s lembram de mim. Pessoas k criam 1 msg impessoal e dp mandam pa tds da lista telefónica. Assim ninguém fica chateado e acabam por pensar k são especiais pa essa pessoa. Ou então melhor, pessoas que enviam o msm e-mail pa tds, esquecem-se k quem recebe, recebe tb a lista de detinatários do e-mail. E por vezes ainda poem:"pa ti k és especial"!!!!!!!
Cm podem ver eu tou quase em guerra com esta época. É k se falhasse isto td m tivesse boas prendas? Mas nem isso.......

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Porque perdemos o que gostamos?

Quando guardamos o que nos é querido
E vemo-lo como garantido
A solidão resulta desse destino
Ficando a saudade como abrigo

Não querendo que isso suceda
Tentamos agarrar e reduzir a perda
Mas é tarde e já se esvaneceu
Um grande amor com futuro morreu

Se por boa fortuna conseguirmos recuperar
E pelo erro nos conseguir perdoar
Então lembra o dia em que poderias deitar a perder
A melhor coisa que te pode acontecer

Palavras e actos terão que ser proferidos
Para demonstrar que os valores estão restabelecidos
Magoei e recebi um perdão
Obrigado Cátia pelo teu bom coração

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Resposta a um apelo de uma pekena

Ola Cátia:
Ho ho ho... e essa treta toda...
Venho responder ao teu pedido de ajuda. Quanto à tua capacidade isso nem se poe em questão. és interessada, querida e uma excelente profissional. Não duvides do teu potêncial pois eu tenho presenciado todo o teu empanho e tenho a dizer, que é, deveras, merecedora de louvor.
Não te preocupes com o futuro, começa por ter um bom presente, pra teres uma melhor preparação no futuro. Se existe alguém que merece um incentivo és tu, pois o teu trabalho não é facil.
Se t falta apoio faz um apelo aos teus amigos que sei que te querem ajudar. Podes sentir-t sozinha mas não estás pequena. Se quiseres eu empresto-t os meus doendes pra te ajudarem, mas eles só sabem fazer brinquedos e são um bocado estúpidos... bem, continuando. Julgo que o Afonso apesar de cometer algumas incoerências (e de também ser um bocado estúpido), gosta bastante de ti, por isso pede-lhe. Caso não te ouça, dá-lhe uma tapona e ai vais ver como se disponibliza a 100%.
Lembro-te do ano passado e de como tu conseguiste acabar tudo no tempo. Não te preocupes. Isto acaba por não ser bem um concelho, dado que eu só te estou a lembrar do que tu és capaz. Mas fica então o "lembrete".
Os conselhos estão dados. Vemo-nos daqui a uns dias e não acendas a chaminé na noite de 24 para 25.

Bjs e abraços

feliz natal

ass: Pai Natal

P.S. - A Rena Rodolfo também manda bj e diz que a Popota está quase no papo. :)

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Frustração de estagiária

Ano complicado este em que estou... Nunca ninguém disse que seria fácil nem eu esperava isso, o que é facto é que está a ser um pouco mais dificil do que pensava.
O primeiro período terminou e está na altura de fazer o balanço. Positivo? Sim, claro. Aprendi muito. Suficiente? Não me parece. O tempo foi pouco, o trabalho muito e os resultados muito aquém do desejado. O periodo que se avizinha mostra-se ainda mais complicado. É nesta altura que a força que as outras pessoas nos podem dar é necessária. Também eu, assim como os meus alunos, preciso dum estimulo. Preciso que me mostrem que sou capaz de fazer melhor pois já não vejo nada.
O meu pedido ao Pai Natal é que me dê calma para aguentar e muita força de vontade. Ano novo, vida nova como diz a minha mãe. Talvez tudo se torna mais agradavel do que penso.
Ser professora é realmente muito complicado, já era tempo de começarem a valorizar o nosso trabalho em vez de manter a perspectiva que um professor é apenas aquele que está em lista de espera no desemprego.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Fala ao coração

Este poema é magnifico. Podem dizer k é deprimente m n deixe d ser 1 dos meus poemas preferidos. aki vai:

Meu Coração, não batas, pára!
Meu Coração, vai-te deitar!
A nossa dor, bem sei é amara,
Meu Coração, vamos sonhar...
Ao mundo vim, mas enganado.
Sinto-me farto de viver:
Vi o que ele era, estou maçado,
Vi o que ele era, estou maçado,
Não batas mais! Vamos morrer...
Bati à porta da Ventura
Ninguém ma abriu, bati em vão:
Vamos a ver se a sepultura,
Vamos a ver se a sepultura,
Nos faz o mesmo, Coração!
Adeus Planeta! adeus ó Lama!
Que a ambos nós vais digerir.
Meu Coração, a velha chama,
Meu Coração, a velha chama,
Basta, por Deus! vamos dormir...

António Nobre
Coimbra, 1888

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Viver c o passado

Canção grata:
Por tudo o que me deste
inquietação cuidado
um pouco de ternura
é certo mas tão pouca
Noites de insónia
Pelas ruas como louca
Obrigada, obrigada
Por aquela tão doce
e tão breve ilusão
Embora nunca mais
Depois de que a vi desfeita
Eu volte a ser quem fui
Sem ironia aceita
A minha gratidão
Que bem que me faz agora
o mal que me fizeste
Mais forte e mais serena
E livre e descuidada
Sem ironia amor obrigada
Obrigada por tudo o que me deste.
Florbela Espanca

Esses teus lábios...

Poema de minha autoria escrito num momento de saudade e dedicado a alguém muito especial. Quem será? :)

Nos teus lábios tens tudo de ti.
Cada movimento tem a minha atenção.
De saber que és meu agora.
E, sendo eu tua eternamente,
Poderei a cada Aurora
Vê-los dormir calmamente.

É com eles que sorris,
Ai! Como é lindo o teu sorriso!
Tu sabes que eu preciso
De tudo o que o teu sorriso me diz…

É com eles que me beijas…
Esse toque magnificiente!
Sinto o quanto me desejas
Quero beija-los eternamente.
Para mim talvez o mais belo poema de J.L.Peixoto:

"este livro. passa um dedo pela pagina, sente o papel
como se sentisses a pele do meu corpo, o meu rosto.

este livro tem palavras, esquece as palavras por
momentos. o que temos para dizer não pode ser dito.

sente o peso deste livro. o peso da minha mão sobre
a tua. damos as mãos enquanto seguras este livro.

não me perguntes quem sou. não me perguntes nada.
eu não sei responder a todas as perguntas do mundo.

pousa os lábios sobre a página., pousa os lábios sobre
o papel. devagar, muito devagar. vamos beijar-nos"
Embora seja Católica, não sou uma pessoa muito devota. Nas leituras que fiz de J.L. Peixoto encontrei 1 pequeno texto k explica akilo k sou:

Existe sempre, em cada um de nós, uma religiosidade, mesmo em quem se considera ateu. É uma questão civilizacional, que se desvenda em aspectos tão prosaicos como acordarmos todos os dias com a certeza de que vamos encontrar o mundo igual ao que deixámos no dia anterior. Apesar de nada nos garantir que assim seja, senão a crença, uma palavra em tudo semelhante à palavra fé.

Concordo.

Who am I?

Cito José Luis Peixoto: "Há muitas coisas que percebo que não sou, mas dizer exactamente o que sou não consigo. Tento, dia a dia, ganhar o título de ser uma pessoa. E já não é pouco."

Recordações ou imaginação?

Um dos escritores portugueses que mais admiro é José Luis Peixoto, que como eu, tirou o curso de ensino de inglês/alemão.A grande diferença entre mim e este excelente Sr é precisamente a forma como organizamos as palavras. Aqui deixo 1 excerto d1 obra dele. Isto é 1 verdadeiro texto para reflectir.

Não há nenhuma diferença entre aquilo que aconteceu mesmo e aquilo que fui distorcendo com a imaginação, repetidamente, repetidamente, ao longo dos anos. Não há nenhuma diferença entre as imagens baças que lembro e as palavras cruas, cruéis, que acredito que lembro, mas que são apenas reflexos construídos pela culpa. O tempo, conforme um muro, uma torre, qualquer construção, faz com que deixe de haver diferenças entre a verdade e a mentira. O tempo mistura a verdade com a mentira. Aquilo que aconteceu mistura-se com aquilo que eu quero que tenha acontecido e com aquilo que me contaram que aconteceu. A minha memória não é minha. A minha memória sou eu distorcido pelo tempo e misturado comigo próprio: com o meu medo, com a minha culpa, com o meu arrependimento. Quando me lembro de ter quatro anos e de estar a brincar no quintal, não sei onde terminam as imagens que os meus olhos de quatro anos viram e que permanecem até hoje comigo, ou onde terminam as imagens que inventei sempre que tentei lembrar-me dessa tarde.

"O k tu keres sou eu..." o meu maior e melhor enterranço. ~
Estas foram as minhas meaningless words with meaning.
Este é para ti :)